Um baixinho gigante

Ontem foi aniversário daquele que provavelmente foi a razão de eu gostar de futebol. A copa de 94 foi o start na minha paixão que perdura até hoje, por causa de um cara: Romário.

O texto de hoje é uma singela homenagem, até porque não há mais nada que possa ser dito pra enaltecer tudo que Romário representou dentro de campo ao longo de sua carreira.

Esqueça a marra, esqueça o político, esqueça o que te disseram sobre ele. Dentro de campo, ele era dono de um faro de gol apurado. O baixinho colecionou vítimas e fez escolhas na sua carreira que hoje em dia seriam considerada absurdas, tipo voltar pro Brasil justamente quando foi eleito o melhor jogador do mundo. Passou boa parte da carreira jogando no Brasil e ainda assim é admirado e reconhecido no mundo inteiro.

Romário foi o melhor jogador que eu vi em ação no estádio, mesmo tendo visto Petkovic, Adriano, Neymar e até Ronaldo em ação. Creio que isso vai continuar assim até o dia que eu ver Messi ouCR7 da arquibancada. Romário foi o tipo de jogador que não existe mais hoje em dia. O cara que chama a resposabilidade, fala e cumpre, sem medo de dizer o que pensa e fazer o que dá na telha, ele simplesmente respondia seus críticos em campo.

Outra caracteristica que faz pensar em Romário como a frente do seu tempo é o fato de ele ter conseguido se reinventar ao longo da carreira. Quando mais novo, era ágil e driblador, quando mais velho e sem o mesmo vigor, se posicionava bem e matava o lance com com poucos toques.

Impossível pensar em futebol sem pensar em Romário. Pra mim e pra uma multidão dos anos 90. Um baixinho inesquecível, absolutamente gigante dentro da área.

Aquele abraço,

Fábio Marques

 

https://www.youtube.com/watch?v=3J0q43iW0Cg