Papai bate um bolão

Fiquei pensando no que escrever para homenagear os pais nesse dia tão querido.

Acabei só conseguindo pensar em futebol. De qualquer jeito, juntei os dois e vi semelhanças.

Todo pai se assemelha a um goleiro. O goleiro vê o jogo de trás, tem a visão do campo inteiro. Orienta seus companheiros e está sempre lá pra defender quando ninguém mais conseguiu. Assim também é o pai. Sua experiência de vida lhe faz enxergar o que os filhos muitas vezes não veem, e sempre está pronto para salvar!

De toda forma, o pai também se parece com o lateral. Até porque os laterais cumprem dupla função: defender e atacar. Os pais passam por isso diariamente. Trabalhar durante o dia e dar atenção aos filhos a noite. Sustentar o lar financeiramente, mas também emocionalmente.

Também vejo semelhanças entre os papais e os zagueiros. Proteger o time de levar de gols é a função do defensor, e ele faz isso a qualquer custo. Não tem medo de dar chutão pra cima e fazendo isso ele ajuda o time a não perder. Nossos pais tem a defesa da família como objetivo de vida. Estão na retaguarda e dão chutões nas crises e problemas, sempre com o intuito de fazer a família e os filhos felizes.

Mas não para por aí. O pai tem características do volante também. Sim, aquele camisa 5, que joga sério, sem espaço pra gracinhas, que faz faltas e leva cartão amarelo. Nossos pais mostram seriedade, mas sempre pelo bem estar de todos. Ele busca acertar a bola, mas nem sempre consegue. Lógico, ele também é humano, feito de carne e osso, e por isso falha. Mas com o nosso amor e perdão, ele continua no jogo e ajuda a saída de bola da defesa ao ataque.

O pai, claro, tinha que ser também o camisa 10. Meio de campo habilidoso, de toque refinado, a quem todos procuram pra tocar a bola e receber de volta. Na hora do aperto, passa pro camisa 10 que ele resolve. Essa é a figura do pai! Quando estamos com problemas e sem saber o que fazer, procuramos a ele por uma solução de sabedoria, e ele sempre tem. Muitas vezes mandamos aquela bola quadrada na direção do véio, mas ele com categoria, domina, bota no chão e devolve redonda, sempre em posição legal pra fazer o gol.

Sem dúvidas, o pai é o artilheiro. Ostenta a camisa 9 com orgulho, um matador nato. Pode mandar quadrada que ele manda pra rede. Pode mandar no alto, embaixo, quicando… não importa, um bom goleador sempre acha uma maneira de fazer o gol. Que responsabilidade colocamos em nossos pais não é? Exigimos sempre dele uma performance excelente, 3 gols por jogo! E não é que ele sempre surpreende? Na hora de decidir, podemos contar com o pai, que sempre tem uma palavra firme, como um chute de primeira pra decidir a partida. Mesmo com todo peso de sustentar as vitórias da família, o paizão se movimenta constantemente pelo nosso bem e não mede esforços pra ver todos da família como vencedores. Os gols saíram de seus pés, mas ele faz questão de sempre dividir a vitória com TODOS.

Enfim, dentro e fora de campo, o pai sempre bate um bolão. E nós filhos estamos de pé na arquibancada aplaudindo e muito o seu dia especial! Te ver fazer gols é motivo de alegria e orgulho, porque no fundo o nosso sonho é ser exatamente como você, independente da sua posição.

Obrigado por ser um craque em todos os jogos, dentro e fora de casa, mata mata ou pontos corridos. Com você no time, a vitória é garantida, e de goleada sempre.

Dedico especialmente ao meu pai, seu Francisco e ao pastor Jorge, pai do Jorginho, dois mestres da bola e da vida, titulares e capitães de nossos times.

Aquele abraço

Fábio Marques