Libertadores, com sotaque espanhol

A Copa Libertadores 2014 está chegando ao fim hoje. Mas nem parece né? Fica tão diferente quando não tem times do Brasil.

Desde 2005 sempre tinha um time do Brasil na final.

Desde 1992 sempre tinha um time do Brasil na semifinal.

Mas de fato, o que significa não ter times brasileiros nas fases finais da maior competição de clubes da America do Sul? Alguns já querem dizer que isso é reflexo de uma crise profunda que assola o futebol nacional. Outros já vêem isso como uma simples falta de sorte e competência no mata mata.

Na minha opinião, temos um pouco de cada uma das teorias. Sim, nosso futebol não apresenta uma grande fase, mas não chega a ser um problema tão profundo a ponto de não chegar na semifinal. Em campeonatos de mata mata, nem sempre o melhor time a longo prazo vence. Existem outras questões que estão envolvidas, como jogar em casa, desgaste, suspensões, contusões e afins.

Digo isso porque os times que estão na final não são grande coisa. Inclusive, San Lorenzo e Nacional, fizeram as piores campanhas na primeira fase entre os times que se classificaram e estão na final.

Acho que o que eu quero dizer no fim das contas é que a Libertadores é um campeonato extremamente difícil. Não se vence ele assim tão facilmente como nós acabamos acreditando por causa do nosso sucesso ao longo de 20 anos. Ainda acredito que o futebol brasileiro esteja a cima dos outros times da América do Sul, mas tambem acho que temos que ter humildade e pé no chão pra encarar a verdade dos fatos, de que nem sempre vamos vencer ou chegar nas fases mais agudas, porque na Libertadores tem algo que conta muito: a famosa catimba sulamericana, que ainda não dominamos.

Enfim, prepare seu sotaque enrolado de portunhol e vamos assistir a um jogo emocionante hoje. Quem sabe ano que vem estamos lá de novo.

Aquele abraço,

Fábio Marques