Vitória Completa em 2016!


pr_samuel

Esse será um ano difícil! Essa é a afirmação de dez entre dez especialistas em economia e política, com reflexos em todas as áreas e dimensões da vida pública. E muitos ainda indagam quando o ano vai realmente começar. Tempos tenebrosos esses que vivemos: governo ineficiente e gastador, acusado de múltipla e visceral corrupção; aumento indomável da inflação; queda brusca da atividade econômica; aumento do desemprego e da pobreza; saúde adoecida e em colapso; educação deseducadora e atrasada; outras tantas mazelas, enfim, um palco dantesco para uma luta bem difícil a enfrentar e de barreiras quase intransponíveis a serem superadas. Todavia, 2016 não precisa ser um ano de derrotas, mas de vitória completa.
Veja que a cada mudança de ano a vida desfila diante de nossos olhos da mesma maneira: lembranças. Lembramo-nos dos sucessos, e celebramos; lembramo-nos dos insucessos, e ficamos frustrados. A reação varia de pessoa para pessoa, e alguns se deixam ficar prisioneiros das próprias lembranças amargas.
Para esses a vida estanca, para, perde o valor e o sabor. Não querem planejar, deixam apenas as coisas como estão para ver como ficarão. Essas pessoas se perguntam: “Vale a pena viver?” Para elas tanto faz ser Ano Novo, tudo é a mesma coisa: queda, dor, frustração, perdas, lembranças amargas. Culpam tudo e a todos pelos males, estacionam na amargura, quedam-se na frustração paralisante.
Para aqueles que veem nas lutas da vida uma oportunidade, não uma conspiração contra si mesmos, sabem que podem continuar caminhando até atingir os seus alvos. A adversidade é um teste, não uma sentença; é uma oportunidade, não uma fatalidade.
Há uma diferença fundamental entre estudar um jogo esquematizado num quadro-negro no vestiário e entrar em campo e enfrentar a equipe adversária com suor, esforço e, às vezes, dor. A adversidade é o teste que nos é imposto pela vida para que saibamos se iremos dar meia volta e correr, ou se enfrentaremos os desafios da vida como pessoas de fé e coragem.
Algumas pessoas pensam na prosperidade como se fosse algo oposto à adversidade. Mas há algo em comum, pois tanto a adversidade como a prosperidade funcionam como teste. Só que a prosperidade é um teste de caráter disfarçado. O ensaísta escocês Thomas Carlyle compreendeu isso quando escreveu: “A adversidade, às vezes, é difícil para um homem, mas para cada um que supera a prosperidade, há cem que superam a adversidade. São poucos os que conseguem manter o equilíbrio moral, espiritual e financeiro, enquanto se equilibram na alta corda bamba do sucesso”.
É por isso que a maioria das pessoas sabe lidar melhor com um fracasso do que com uma promoção. Por essa causa muitos cristãos sabem lidar melhor com a tribulação do que com a abundância de bênçãos. E por quê?
Penso que a resposta está em que a adversidade tem o condão de tornar a vida mais simples, e de tal modo, que nos deixa apenas duas escolhas: lutar ou desistir. A prosperidade, por outro lado, embora não se pareça com um teste, cria nas pessoas uma sensação de vazio e insatisfação, que se expressa no desejo incontido de ter mais e mais daquilo que já têm o bastante. E quando tudo não é o bastante, sobra o quê?
As adversidades da vida estão diante de nós para serem vencidas, não para desistirmos de lutar. Temos de fazer por onde, temos de pagar o preço. Temos de avançar com coragem e determinação, mas precisamos antes saber para onde estamos indo e decidir pagar o preço.
Diz-se popularmente de que tudo na vida tem um preço. E quando falamos a palavra “preço”, já está implícita a ideia de pagamento pelo que queremos obter, qualquer que seja a pretensão. Todavia, não trato de preço nos aspectos financeiro e comercial do termo, nem tampouco do que normalmente se atribui ao homem moderno, como se o seu preço valesse na proporção da sua conta bancária. O preço a que me refiro é sublime e inegociável, mas altamente recompensável, e refere-se àquilo que temos necessariamente de suportar pelas vitórias almejadas na vida.
Todos querem ter êxito em seus planos, seja no aspecto pessoal, familiar ou profissional, mas poucos querem gastar seu tempo no que realmente conta, principalmente no que diz respeito às ações de natureza espiritual, meditando nas Escrituras, orando e jejuando, na dependência de Deus, para que a vida seja densa de sentido e as realizações tenham valor aqui e agora, assim como na eternidade.
Tenhamos, pois, isto em mente: cair é uma coisa; desistir é outra. Se alguém se levanta novamente, se reafirma a sua fé em Deus e na vida, e continua a lutar, essa pessoa pode contar com a ajuda de Deus, e jamais será totalmente derrotada. Pode ser apenas uma batalha perdida, mas de uma guerra que será vencida, se tão somente seguir em frente, fazendo a coisa certa e confiando no Senhor.
Uma pessoa sábia reconhece que a melhor atitude para quem quer alcançar plena vitória é confiar em Jesus. Assim, sigamos avante em 2016 para conquistarmos terrenos nunca antes pisados, com fé, determinação e esforço.
Faça do Salmo 121 a sua oração: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua saída [de 2015] e a tua entrada [em 2016], desde agora e para sempre”.

Samuel Câmara

Pastor da Assembleia de Deus em Belém

E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv