Feliz Natal com Jesus


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Embora gostem de participar com entusiasmo das festividades desta época do Natal, mesmo passados dois mil anos do momento em que Jesus nasceu, milhões de pessoas em todo o mundo continuam não tendo um lugar para Jesus em suas casas e nas suas vidas. Repete-se, portanto, a historia vivida pelo casal Maria e José em Belém da Judéia, assim descrita na Bíblia Sagrada:
“Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império, que todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feito um censo da população. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade. José foi de Nazaré para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, levando consigo Maria, que estava grávida e prestes a dar a luz. Aconteceu que, enquanto se achava em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu a luz ao seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles nas hospedarias” (Lucas 2.1-6).
Essas palavras são chocantes: “Não havia lugar para eles nas hospedarias”. Lembram-me algumas viagens em família, numa das quais havíamos viajado o dia inteiro e parte da noite quando, já cansados, passamos a tentar encontrar um lugar onde nos hospedarmos para passarmos a noite. Nossas esperanças foram repetidamente frustradas pelas respostas e placas indicando: “Lotado” ou “Não há vaga”. Como um pai responsável pelo bem estar de minha família, eu me sentia frustrado, desanimado, além de muito cansado. Como era época natalina, fomos levados a pensar em José e Maria, que após viajarem 130 Km, distancia de Nazaré a Belém, atravessando regiões montanhosas e acidentadas, após pelo menos dois dias de viagem, ao chegaram a Belém, não acharam nenhum lugar disponível para se hospedarem.
Então, eu e Rebekah pudemos exercitar a imaginação “vendo” José implorando aos gerentes das hospedarias, falando com eles sobre o estado delicado de Maria, sobre sua gravidez e o cansaço da viagem, e também sobre a sua necessidade urgente de achar um lugar onde ela pudesse dar à luz. Mas repetia-se a mesma resposta desesperadora: “Lotado! Não há lugar”. Eis a razão pela qual, quando Jesus nasceu, a sua mãe “o embrulhou e deitou-o numa manjedoura”.
É oportuno examinarmos o que ocorre hoje nas festividades do Natal. E diga-se: “Qualquer semelhança, não é mera coincidência”. O Natal é comemorado de maneira tão diferente que, apesar da celebração efusiva da festa, afastamos a possibilidade de “um lugar para Jesus”, o único homenageado da Festa. Mantemos Jesus afastado da vida e do centro das atenções no dia em que se relembra sua demonstração de amor, quando desceu do Céu e tomou a forma humana, para viver entre nós.
As luzes, enfeites, presentes, festejos, banquetes, diversões, embora legítimos, estão representando mais do que a reflexão, a oração, a gratidão, a história, o cântico em família, tudo dedicado ao homenageado. Revelamos assim, conscientes ou não, que estamos preferindo o ruído mercantilista da festa, mas esquecendo-se do personagem da comemoração. O aviso de “Lotado” ou “Não há lugar” continua, agora colocado por nós na porta das nossas próprias casas, no seio das famílias, e principalmente no coração das pessoas. O que podemos esperar dos futuros Natais? Como nossos filhos, ou as gerações vindouras, o celebrarão?
Comemoremos o Jesus do Natal, e não a festa do Natal por si mesma. Sem Jesus ela não existe, é apenas um simulacro de festa com verniz de religiosidade. Quando Jesus nasceu, pastores vieram honrá-lo, sábios vieram adorá-lo, um coral de anjos cantou em Seu louvor, uma estrela do céu brilhou intensamente anunciando-o, de modo que Ele, e somente Ele, foi o centro das atenções.
Todos os que o celebraram estavam certos em fazer o que fizeram e como fizeram simplesmente porque o nascimento de Jesus é o evento mais marcante de toda a História. Jesus é Deus em forma humana. É o Criador do Universo que veio habitar conosco para nos salvar. Nunca estaremos fazendo uma boa opção dando mais ênfase à festividade natalina por si mesma, deixando de fora, sem lugar, em último plano, o motivo principal e único do Natal: Jesus Cristo! 
Celebre-o, maravilhe-se com isto, apresente a Jesus o seu louvor, pois assim sua historia pessoal, familiar e sua festa de Natal estarão completas. Associe-se com Maria e José, com os pastores e os anjos do coral celestial, naquela noite em que os sábios seguiram a estrala nos céus, mas não pare aí. Não se perca no meio do caminho, não se encante com o aparente e acessório de modo a perder o essencial.
Chegue até Jesus. Não o dispense da sua vida e do seu Natal. Reflita sobre isso, dialogue com sua família e amigos. Tire as placas de “Lotado” ou “Não há lugar” para Jesus. E tenha o melhor Natal de sua vida. Jesus é verdadeiramente um presente eterno dos Céus para você.
Eu e minha família desejamos a você e sua família: “Um Feliz Natal com Jesus!”
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

Samuel Câmara

Pastor da Assembleia de Deus em Belém

E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv