Que venha a Copa América

Chegou ao final nossa preparação para a Copa América. 10 jogos e 10 vitórias desde a re-estréia de Dunga no comando da seleção. Adversários fortes e fracos nos enfrentaram e todos tiverem o mesmo tratamento, foram derrotados visando uma preparação para o torneio Sul-Americano. Campeonato este que nada mais é do que uma preparação para as eliminatórias da Copa do Mundo, objetivo nosso e de todas as outras seleções.

Nesse tempo que Dunga teve de trabalho estamos vendo em campo um time diferente. O foco parece estar mudado, agora jogamos por resultados. Nosso técnico parece ter como prioridade vencer os jogos, mesmo que seja por 1 a 0. Agradar a gregos e troianos não interessa mais, desde que o resultado seja a vitória brasileira.

De certa forma acho legal isso. O Brasil estava mesmo precisando passar um tempo sem perder pra ajudar a cicatrizar todas as feridas da última Copa, ainda que somente em amistosos. E essa nova forma de pensar vai ao encontro da filosofia do futebol moderno, onde fisicamente os jogadores se equiparam e não há mais tanto espaço para demonstração de habilidades individuais nem espetáculo.

Não estou dizendo que não devemos perseguir isso. Acho que o futebol brasileiro sempre foi um futebol técnico, habilidoso e mestre no improviso, mas as vezes precisamos adaptar nossos métodos para alcançar títulos, e foi para isso que Dunga foi contratado.

Nosso time está mais leve e com mais mobilidade, creio que essa seja uma das chaves para desmontar as fortes linhas defensivas do futebol moderno. Time que joga parado ou se movimentando de forma previsível vai sempre esbarrar em algum defensor. Dunga está ligado nas tendências e aboliu o cabeça de área que só destrói e centroavante nato paradão na grande área. Soluções modernas e que deram certo, ainda com algumas ressalvas óbvias, mas que parecem se encaixar dentro do esquema.

É impossível para a seleção vencer todos os jogos para sempre. É impossível para qualquer time. Mas por enquanto está dando certo, então que venha a Copa América.

Aquele abraço,

Fábio Marques